Durante a sua história, você foi formando uma base de dados, como um programa que vai sendo alimentado com conceitos, normas, regras, significados, adjetivos, associações diretas, e todos os elementos que compõe a programação mental que hoje você aprendeu a chamar de EU e reconhece como a sua identidade, sua personalidade. É a programação pré-definida que determina como serão suas interpretações, ações e reações diante dos eventos. É o filtro com o qual você julga e interpreta o mundo e todas as ocorrências dentro dele. É como você compreende as cenas, os relacionamentos e a Vida.
Isso quer dizer que a sua maneira de interagir com o mundo está sendo ditada, como já foi dito antes, por um programa, uma plataforma de dados inventada, formatada, e tudo o que você pensa sobre o mundo e as relações, tudo o que você julga certo e errado, bom ou ruim, agradável ou desagradável, e tudo o que você pensa sobre as pessoas e sobre si mesmo, não é o seu verdadeiro jeito de pensar. Você aceitou livremente um sistema sugerido por uma cultura local, se identificou com ele e esqueceu da sua Verdadeira
Identidade. É como estar todo tempo vivendo um personagem que não é você, que reage e compreende o mundo de um jeito que não é o seu, e essa mentira, que você fica contando sobre você 24h por dia, o deixa em profundo conflito interno, pela simples sensação de ter deixado a si mesmo de lado, para viver um personagem, viver algo irreal. É uma constante sensação de auto traição, a famosa sensação de vazio, buraco no peito, solidão, que nada mais é do que falta de si mesmo, e só se resolve na relembrança do nosso estado natural de SER.